Um Youtuber viralizou depois de soltar um vídeo onde se grava a invadir a famosa Epstein Island, aquela ilha onde muitos bilionários se encontravam e onde aparentemente aconteceram muitos crimes de cariz sexual.
Jeffrey Epstein, predador sexual, comprou a ilha em 1998 e deteve-a até à sua morte, em 2019.
As imagens da ilha Epstein
Tyler Oliveira, o invasor, mostra-nos imagens nunca vistas, de dentro desta ilha, depois de ter acedido com o seu jet ski, depois de ter chegado às Ilhas Virgens de avião.
A “ilha do pecado”, formalmente “Little Saint James”, pertence agora ao investido bilionário Stephen Deckoff.
O vídeo do Oliveira foi filmado no ano passado, antes de ter sido pública a compra pelo novo dono da ilha.
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Segurança apertada
Como mostram as imagens, a ilha foi ‘fechada’ com um nível de segurança apertado, tanto na água como em terra, fazendo com que o seu acesso a partir do exterior fosse muito difícil. Mas é como tudo, nada é impossível, e isso não impediu o Youtuber de conseguir entrar na ilha e gravar todo o processo.
“Foi aqui neste sítio que coisas muito más foram feitas, neste templo”, disse para a câmara, afirmando ainda que o templo está agora bem diferente do que era com Epstein, tendo sido pintado de branco. Esta viagem durou pouco tempo, já que enquanto visitava o templo chegou um ‘buggy’ carregado de seguranças, forçando o criador de conteúdo a meter pés ao caminho.
Esta invasão não é caso único nesta ilha, já que Andy Brocco fez o mesmo em 2020. O Brocco disse que foi obrigado a retirar os vídeos da plataforma YouTube, tendo mais tarde carregado para o TikTok.
O fim do pesadelo
Depois das acusações de tráfico sexual e prostituição infantil, o FBI entrou ‘à força’ na ilha em 2019. Enquanto esperava condenação, Epstein faleceu na sua jaula, no Metropolitan Correctional Center, em Nova Iorque, por suicídio por enforcamento, de acordo com o relatório médico.
Quem é Jeffrey Epstein?
O escândalo em torno de Jeffrey Epstein, acusado de tráfico de pessoas para abusos sexuais, chocou o mundo em 2019, quando se suicidou na prisão enquanto aguardava julgamento. Mas por trás deste terrível crime, há toda uma rede de influências que o bilionário construiu ao longo dos anos.
Epstein não era apenas um homem rico, era uma figura que circulava nos mais altos círculos da sociedade, desde políticos a celebridades, passando por académicos e outros bilionários. O seu nome ficou manchado em 2006, quando foi preso por pagar a uma menor para ter relações sexuais em Palm Beach, na Flórida. Apesar das denúncias subsequentes de dezenas de outras vítimas, Epstein acabou por cumprir apenas 13 meses de prisão.
Mas isso não o impediu de continuar a sua vida de relações poderosas. Durante mais de uma década, manteve contactos com figuras influentes e estrelas, criando assim uma teia de conexões que o protegia, até que as acusações de tráfico sexual finalmente o alcançaram.
Os documentos revelados no âmbito de um processo de difamação iniciado por uma das vítimas, Virginia Giuffre, contra Ghislaine Maxwell, ex-namorada de Epstein, trouxeram à tona uma lista impressionante de pessoas ligadas a Epstein. Amigos, parceiros de negócios, figuras públicas e até mesmo aqueles que o investigaram foram mencionados nos registos.
Entre os nomes mais sonantes estão o do príncipe André, da família real britânica, que foi afastado das suas funções após ser envolvido no escândalo sexual de menores, e o ex-Presidente dos Estados Unidos, Bill Clinton, cujo nome aparece mais de 70 vezes nos documentos, embora não haja indícios de crime.
Outros nomes incluem Donald Trump, Bill Richardson, Michael Jackson, Thomas Pritzker e Jean-Luc Brunel, todos eles ligados de alguma forma aos eventos relacionados com Epstein.
O caso Epstein não só revelou os horrores do tráfico sexual de menores, mas também expôs a corrupção e a influência que os poderosos podem exercer sobre a justiça e a sociedade.