Um cão está à espera do dono numa ponte, precisamente o local onde este cometeu suicídio há uma semana. O episódio foi registado em Wuhan, na China, local onde teve início a pandemia do novo coronavírus.
Segundo os meios de comunicação locais, o animal foi descoberto por trabalhadores que procediam a trabalhos de manutenção na ponte e estranharam a presença do animal naquele local, no dia 1 de junho.
O cão continuava exatamente no mesmo sítio no dia seguinte e nos outros que se seguiram, ao longo de toda a semana. Só depois foi feita a ligação: no dia antes de ser encontrado o animal, um homem ter-se-á atirado daquela ponte, precisamente no local onde o animal estava.
Imagens que correm nas redes sociais mostram o fiel animal na ponte, deitado na zona onde viu o seu dono pela última vez.
A Associação de Proteção de Animais de Pequeno Porte (SAPA) de Wuhan já comentou o caso que diz estar a acompanhar.
“Os trabalhadores de reparações contaram-nos que o cão estava ali há vários dias, desde que o dono cometeu suicídio. No dia deste incidente o animal estaria com ele na ponte. Já pedimos imagens de videovigilância, para tentarmos perceber se há algum familiar que possa ficar com o animal. Infelizmente não conseguimos identificar a pessoa em questão”, explica o diretor da associação, Du Fan. Segundo o responsável, várias pessoas tentaram ajudar o animal, levando-lhe água e comida, mas este recusava comer ou beber.
A história sofreu entretanto um revés este fim de semana. Um dos voluntários da associação tentou resgatar o animal, que corria sérios riscos de ser atropelado e, assim que se viu à solta o animal fugiu, ao que tudo indica para voltar às proximidades de onde o dono se suicidou.
“Um voluntário, o Sr. Xu, tentou ajudar o cão. Levou-o para o carro e seguiu com ele para longe da ponte mas, assim que voltou a abrir a porta do carro, o animal saltou e pôs-se em fuga. Passamos todo o dia à procura do cão, mas ainda não o conseguimos encontrar. Pedimos a todos os residentes das proximidades da ponte que estejam atentos ao seu regresso. Contactem-nos, por favor, porque gostávamos muito de lhe encontrar uma nova casa”, explica a SAPA.