Parece que por estes dias a cidade de Barcelos, e as suas gentes, estão no topo da lista nacional dos casos mais inusitados. Depois de assistirmos ao surf no Rio Cávado, desta vez o grande destaque vai para Rui Sá, um jovem árbitro de futebol, e a culpa vai para as fortes chuvas que se têm abatido na cidade.
Decorria o tempo de intervalo no clássico Baluganense e São Mamede, quando o juiz meteu mãos à obra e foi ele mesmo marcar uma parte do campo que não estava especialmente visível. O jogo, que terminou num avultado 4-0 para os de Balugães, era a contar para a série B da 2ª divisão do Campeonato Popular de Barcelos.
Quem jogou em campeonatos amadores, os famosos jogos de domingo de manhã, está habituado às andanças de jogar em ‘campos pelados’ – os recintos em terra – e às suas condicionantes, principalmente em dias de muita chuva, quando a bola se torna muito mais pesada (não tenhas vergonha, mete a pinchar).
O resultado foi o menos importante neste jogo, que ficou marcado pela atitude altruísta do jovem árbitro. O gesto valeu-lhe ainda um cartão branco, mostrado pelo presidente do clube da casa.
Cartão branco? No futebol?
Ah pois é. Este cartão visa reconhecer, destacar e recompensar as atitudes e comportamentos eticamente relevantes praticados por atletas, treinadores e dirigentes, entre outros agentes diretamente envolvidos no jogo, e, também, os espectadores.