Na noite da passada terça-feira, 16 de março, Maniche e Pedro Sousa entraram numa troca de palavras durante a emissão de ‘Futebol Total’, que fez com que o ex-futebolista abandonasse os estúdios do Canal 11.
“Aqui ninguém destrata jogadores, enquanto eu estiver aqui ninguém destrata jogadores. Se não estás bem com isso, dás corda aos sapatinhos e vais-te embora. Quando o gajo disse isto, o Maniche levanta-se e diz ‘vou-me embora? Mas eu não preciso disto para nada. É para me ir embora, vou-me já embora’“, pode ouvir-se.
“Pedro, estou-me a cagar para esta mer*a, não preciso disto para nada. Sacou o microfone que tinha atrás das calças, arrancou aquela mer*a e mandou contra as pernas do gordo. O Pedro ficou sentado, meio chocado a olhar para ele e ele começou aos gritos“, ouve-se no mesmo áudio.
Maniche, entretanto, recorreu às redes sociais para dar a sua versão dos factos, deixando fortes críticas a Pedro Sousa. Refira-se que o jornal Record noticiou que o ex-jogador abandonou o programa visivelmente alterado, tendo até causado danos no estúdio. Questionado pelo DN sobre esta situação, o jogador não se quis alongar em comentários: “Saí irritado sim, foi uma zanga rápida. Mas não vou falar mais sobre o assunto, que está entregue aos meus advogados.”
“Aos espectadores do Canal 11 e aos meus seguidores e amigos. A todos os que desde ontem me enviaram milhares de mensagens de apoio. A todos os que assistem ao programa Futebol Total, cuja camisola vesti com orgulho, no maior interesse do comentário isento a este desporto que é nossa alma e paixão.
Ao contrário de outros, e como ex-jogador, primei sempre, antes de qualquer partidarismo clubista, pela defesa do Jogador. O ‘jogador de futebol’ que é sempre a parte da história mais devassada, a que mais sofre pela crítica, tantas vezes desumanizada, nunca desculpabilizada. Não critico jogadores, não os desumanizo. O que se nos solicita, é uma opinião. Tenho direito à minha.
Assim, não podia agir com passividade perante a atitude Machartista de um pivô, travestido de analisador purista, que atua como ‘lápis azul’, vergonhoso símbolo da censura e da ditadura portuguesa, onde os cortes têm por objetivo impedir e limitar as tentativas daquilo que este pivô considera subversão. Não obstante, manifestou-se, ele próprio, livremente, ao longo de mais de dois anos de emissão, de formas que considerei muitas vezes ofensivas à integridade de jogadores, clubes, dirigentes, dos outros comentadores, de amigos meus e em última análise, ontem, de mim próprio.
Em tempos como estes, mais do que nunca, falta de liberdade de expressão, NÃO PASSARÁ”.
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