Desde que deixou de aparecer com frequência no Jornal da Noite da TVI, o José Eduardo Moniz, hoje Diretor Geral do canal, tem estado atrás das câmaras e, por isso, não ouvimos falar muito dele.
Acontece que este fim de semana o antigo vice presidente do Sport Lisboa e Benfica deu a cara na Gala da TVI, que comemorou os 31 anos desta estação televisiva. E podemos afirmar com toda a certeza: ele não aparece muito, mas quando aparece varre a feira toda.
A polémica
Estalou o verniz, depois das declarações de Moniz neste Domingo. “Foi num ano em que estivemos presentes em alguns dos principais conflitos mundiais. Iraque, Afeganistão, Ucrânia, Palestina. E no maior de todos, a Assembleia Geral do FC Porto”.
Eis até onde pode chegar a estupidez humana. Centenas de milhar de mortos e o Moniz, que desta vez não fugiu para o Brasil, a tentar fazer graçolas, marimbando-se para o sofrimento causado pela guerra. Triste TVI que é dirigida por gente que só vive para as revistas cor de rosa. pic.twitter.com/MLC2Ne8mAj
— Francisco J. Marques (@FranciscoMarkes) February 18, 2024
As palavras fortes não caíram bem no seio portista, que utilizou as redes sociais para demonstrar indignação.
Homens fortes dos azuis e brancos reagiram rapidamente, como o presidente do clube, Jorge Nuno Pinto da Costa, o candidato a esse cargo nas próximas eleições, André Vilas-Boas, ou Francisco J. Marques, homem afeto à comunicação dos dragões.
Pinto da Costa reagiu, por altura da apresentação de contas da SAD portista, afirmando que não vê TVI. “Comecei a receber mensagens com a transcrição do que foi dito. Acho lamentável, mas como maldade rima com imbecilidade, as duas coisas juntas deram aquele texto televisivo, que acabou com sujeitos a tratarem o presidente do Conselho de Administração de ‘Manelinho’ e a oferecer viagens para Neptuno. Acho que a TVI devia fazer uma viagem para Neptuno e deixar lá muita gente. Apesar de não ter nada contra Neptuno”, afirmou, dizendo ainda que “a única atitude que temos de ter é desprezo total e absoluto. E esperar que as autoridades, se ainda as há, tenham alguma reação. Ofendeu-se não só o FC Porto, como o povo ucraniano e a Palestina. Desprezo total e esperando reações de quem tem de as tomar”.
André Villas-Boas, candidato à presidência do FC Porto, também não demorou a reagir. “Triste infelicidade ou triste figura? Um pedido de desculpas ao Futebol Clube do Porto, aos seus adeptos e simpatizantes é o mínimo que se deve exigir à direção da TVI pelo infeliz incidente que acabamos de assistir. Fazer piadas circenses que desrespeitam profundamente a Instituição é lamentável e indigno de qualquer órgão de comunicação social que deve zelar pelo bem comum, respeito, equidade e transparência”.
Também Francisco J. Marques, diretor de comunicação dos azuis se pronunciou, usando a rede social X, onde afirmou: “eis até onde pode chegar a estupidez humana. Centenas de milhar de mortos e o Moniz, que desta vez não fugiu para o Brasil, a tentar fazer graçolas, marimbando-se para o sofrimento causado pela guerra. Triste TVI que é dirigida por gente que só vive para as revistas cor de rosa”.
Se achavam que o panorama do futebol nacional estava parado, aí está uma guerra aberta, entre um clube e uma estação televisiva. Moniz a provar que é fácil desencadear um burburinho.