O Governo angolano também pretende o regresso de património cultural com origem em Angola que se encontra em museus portugueses. A afirmação é feita pelo secretário de Estado da Cultura, Aguinaldo Cristóvão, que diz que “faz sentido que Portugal reflita sobre a devolução do património museológico exportado de Angola”.
Desde 2018 que o Governo angolano tem afirmado estar a estudar o regresso de bens culturais que foram para o estrangeiro no tempo colonial, nomeadamente para Portugal.
“Esta é uma matéria muito importante para o nosso país, pois Angola está a modernizar os nossos museus e estamos ainda a proceder a um inventário para estimar quantas peças terão sido retiradas ilicitamente do país”, acrescenta Aguinaldo Cristóvão.
Já no dia 28 de janeiro, Joacine Katar Moreira do partido Livre, apresentou a proposta de alteração ao Orçamento do Estado para 2020, onde pedi para devolver património das ex-colónias que está em museus portugueses.
Após as afirmações de Joacine, André Ventura “propôs” que Joacine “seja devolvida ao seu país de origem”.
Vários museus portugueses albergam peças que vieram de antigas colónias. É o caso da Universidade de Lisboa, que incorporou os acervos do Instituto de Investigação Científica e Tropical (antiga Junta de Investigações do Ultramar, de 1963 e 1985, e Junta das Missões Geográficas e Investigações Coloniais, de 1936). O Museu de Etnologia, em Lisboa, será provavelmente a instituição museológica portuguesa que tem no seu espólio mais obras de arte oriundas das ex-colónias portuguesas, assim como de outros lugares do mundo: “São peças recolhidas no âmbito de investigações levadas a cabo pelo museu e que ilustram o modo de vida de outros países.”