No início de julho, Betsy Davis enviou um e-mail aos amigos e parentes mais próximos a convidá-los para uma reunião de dois dias, dizendo: “Estas circunstâncias são diferentes de qualquer festa que tenha estado antes. Exige capacidade emocional, abertura e carinho”.
Afinal Betsy Davis ia fazer uma festa antes de tomar uma dose letal de comprimidos para acabar com própria vida.
A artista de 41 anos era doente terminal que padecia de ALS, ou doença de Lou Gehrig – a mesma que Stephen Hawking – foi uma das primeiras cidadãs norte-americanas a recorrer à morte medicamente assistida no estádio da Califórnia, pouco tempo depois da lei ter sido aprovada.
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Mais de 30 pessoas foram à festa numa casa no sul da cidade montanhosa de Califórnia de Ojai, voando de Nova York, Chicago e da Califórnia.
Os amigos e familiares tinham apenas uma condição: não chorarem.
“Caros participantes do meu renascimento, vocês são todos muito corajosos por me deixarem partir”, podia ler-se naquele convite especial e algo incomum.”As circunstâncias desta festa são diferentes das de qualquer outra a que tenham ido. Requer estabilidade emocional e mente aberta”, explicava no convite.
No fim, Betsy despediu-se de cada um individualmente antes de tomar uma dose letal de medicamentos.