Para quem não conhece, Marina Abramovic começou sua carreira no início dos anos 70 e é considerada por muitos uma das artistas mais polémicas da atualidade. O seu trabalho figura em numerosas coleções públicas e privadas, além de contar com participações nas mais importantes mostras de arte internacionais com suas performances.
Nos anos 70, Marina Abramovic viveu uma intensa história de amor com o também artista Ulay. A união dois dois passou por muitos altos e baixos, como qualquer relacionamento intenso, até ao dia em que o fim chegou. Segundo fontes, Ulay percebeu que o trabalho era a principal prioridade dela, e que por isso ela jamais iria querer ter filhos. A separação foi devastadora.
Foi aí então que eles encenaram a última performance juntos: Os dois percorreram a Grande Muralha da China; cada um começou a caminhar de lados opostos, para se encontrarem no meio, dar um último grande abraço, e nunca mais se encontrarem.
Eis que, em maio de 2010, Marina fez uma performance ao vivo no MoMA, em Nova Iorque, chamada ”The Artist Is Present”.
Durante 3 meses e durante várias horas por dia, Abramovic sentava-se silenciosa numa cadeira, virada de frente para uma segunda cadeira que ficava vazia. Um a um, os visitantes do museu sentavam-se à sua frente e olhavam para ela por um longo período de tempo. O máximo que conseguissem.
Foi então que o MoMa de Nova Iorque dedicou uma retrospectiva a sua obra. Nessa retrospectiva, Marina compartilhava um minuto de silêncio com cada estranho que sentasse a sua frente. Ulay chegou sem que ela soubesse e… Olha só o que aconteceu:
Num verdadeiro “um olhar diz mais do que qualquer palavra”, nenhum deles precisou de dizer nada, pois conversaram com o coração. Naquele minuto de silêncio, tudo o que precisava ser dito, foi dito.
Muita gente diz que foi tudo encenado para trazer mais popularidade à artista mas, de qualquer forma, o objectivo da arte foi cumprido – tocar as pessoas.
O reencontro emocionante durante uma exposição de arte diferente
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