O antigo internacional português Maniche, comentador no Canal 11, abandonou o programa Futebol Total após desentender-se com Pedro Sousa, diretor do canal
Quando o Maniche críticou jogadores do #FCPorto, o Sousinha foi o primeiro a aplaudir, ontem não gostou. O Maniche abandonou o estúdio e segundo o Record “terá mesmo causado danos”. Perdeu o canal do Sousinha pic.twitter.com/vzekfawvqr
— 𝙳𝙰𝚅𝙸𝙳𝚂 (@d20fernandes) March 16, 2022
Maniche teceu críticas ao desempenho de Meité, jogador do clube encarnado, e recebeu resposta do apresentador do programa: “Não te vejo a falar de outros jogadores, que não vou focar quem e que jogam em outras equipas, da maneira como desconsideras este jogador e não aceito isso. Não admito isso a ninguém“.
“É a minha opinião, tens de a respeitar como eu respeito a tua“, respondeu o comentador, que não regressou ao programa como consequência da altercação.
Depois disso, Maniche recorreu ao Instagram para partilhar um comunicado relacionado com o episódio de ontem:
“Ao contrário de outros, e como ex-jogador, primei sempre, antes de qualquer partidarismo clubista, pela defesa do Jogador. O ‘jogador de futebol’ que é sempre a parte da história mais devassada, a que mais sofre pela crítica, tantas vezes desumanizada, nunca desculpabilizada. Não crítico jogadores, não os desumanizo. O que se nos solicita, é uma opinião. Tenho direito à minha“, escreveu.
Referindo-se a postura de Pedro Sousa, o ex-jogador de futebol teceu duras críticas: “Assim, não podia agir com passividade perante a atitude Machartista de um pivô, travestido de analisador purista, que atua como ‘lápis azul’, vergonhoso símbolo da censura e da ditadura portuguesa, onde os cortes têm por objetivo impedir e limitar as tentativas daquilo que este pivô considera subversão“.
“Não obstante, manifestou-se, ele próprio, livremente, ao longo de mais de dois anos de emissão, de formas que considerei muitas vezes ofensivas à integridade de jogadores, clubes, dirigentes, dos outros comentadores, de amigos meus e em última análise, ontem, de mim próprio. Em tempos como estes, mais do que nunca, falta de liberdade de expressão, não passará“, rematou.